Vivendo à flor da Pele – Poesias de uma Enfermeira Dermatológica
- Muller Solucoes
- 22 de ago.
- 2 min de leitura
Tenho a grata satisfação de publicar algumas das poesias da Enfermeira e Poetisa, Dra Maria Helena S. Mandelbaum.Quem a conhece sabe de sua sensibilidade para transformar sentimentos e emoções em lindas poesias. Como o próprio nome diz: tudo a flor da pele.Suas poesias merecem uma publicação plena. Mas, como uma forma singela de divulgar seu talento e homenageá-la por sua longa história viva dentro da Enfermagem em Dermatologia, aproveitaremos esse canal para levar até você, leitor da RevPelleSana, um pouco dessa lindas letras unidades em doces e profundas palavras.A capa foi especialmente encomendada, e tem autoria de Rachel Yamada.
Meu muito obrigada Maria Helena,
Dra Beatriz Farias Alves YamadaEditora Chefe da RevPelleSana

Para Stefany
Não quero ter a pele macia dos que se protegem da dor
Não me importa se minha pele já não provoca tanta inveja
Só me importa que o sorriso que ilumina a tua face não pertence a ninguém, é teu, e dele podes lançar mão onde quer que estejas.
Teu sorriso não fica velho, não tem medo de nada, e ilumina toda escuridão
A luz do teu olho clareia o caminho dos que precisam da tua luz
Tudo brilha ao teu redor, e tua pele não passa de um cometa, que deixa seu rastro , mas que sucumbe ao brilho da tua alma.

Trago em mim a memória de um vulcão que não quer calar,
Da bolha que explode e tudo inunda,
do pelo que rompe, da cicatriz que aprofunda
Da escama que escapa e paira no ar, que corta e arde sem cessar
No afago que acalma o turbilhão da memória, busco refúgio.
Na lembrança do amigo procuro sentido para tanta tormenta
Na memória da pele descubro quem sou, descortino meu passado, entendo o momento e espero o futuro.
(Lena- fev.2006)

Nestes dias, minha pele aflora e a alma que antes calma , agora estoura
Nestas noites, minha pele grita e o corpo que antes neutro, agora agita
Nestas horas, minha pele treme, o coração espreme e a boca que antes muda, agora geme
Nestes momentos, minha pele sangra, a veia que antes nutria, agora se esvazia
Nestes segundos que separam minha pele de mim, entro no túnel e me refugio
Minha pele aflora o que de dentro de mim se transforma e busca nela o navio
Que me traga o rumo, que me mostre o fio, que antes era prumo, agora só vazio.
(Lena, out.2008)

( Lena- dez.2007)




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